terça-feira, 10 de março de 2009

Capitulo Nove - Revelado

Ele respirou fundo, me olhando intensamente. Seu rosto era muito parecido com o de Matt, as feições eram perfeitas e bem delineadas. O anjo sentado na minha frente, assim como Matt, tinha os olhos mais lindos que eu já vira.
- Por que anjos? - ele me perguntou, rompendo o silencio que se sucedia desde sua ultima frase.
Levei um tempo para engolir sua pergunta, nunca havia dito a ninguém do meu modo de ver ele e Matt. Como ele sabia que eu os chamava assim? Como ela sabia outras coisas que eu tinha simplesmente pensado?
- Tudo vai ter sua resposta Anne. Acho interessante o fato de você nos denominar dessa forma. – ele riu sem humor.
Fiquei esperando, as respostas prometidas por ele. Ele se ajeitou na almofada onde estava sentado e pegou minha mão e a afagou, ele fazia círculos com os dedos na minha palma; até que ele começou a falar.
- “Tudo começou a um bom tempo atrás, onde que um amor entre um casal, colocaria tradições e decisões de séculos atrás em jogo. O menino, filho de um casal de governantes que seguia essas leis tão firmemente que chegavam a se tornar lunáticos. Já a menina, criada da mais fina forma, era a perfeita princesa, era linda e mais bonita de todos os tempos.”
Ele engoliu seco ao falar essas palavras. Permaneci atenta esperando o resto da historia.
- O destino fez sua parte, e em um verão, os dois se encontraram pela primeira vez. Ambos eram adolescentes. Foi amor a primeira vista, mas eles sabiam que nada poderia mudar a visão de seus pais, sobre a raça do outro. Mesmo dessa forma, eles desafiaram tudo que fora ensinados a eles, e se encontravam escondidos de todos. Nenhuma das duas famílias sabia de seu amor.
“Os dois estavam apaixonados e faziam loucuras um para o outro. Ele não era filho único, seu irmão, copia perfeita de pensamentos de seu pai, descobriu que ele se encontrava as escondidas com a filha de seus inimigos. O irmão indignado com a ‘traição’, resolveu contar tudo para seus pais, e assim fez. Luna e Pietro foram encontrados juntos, numa caverna que ficava na divisa entre os dois reinos. Foram pegos em flagra pelo pai dele. Eles discutirão feio, e naquela noite, Pietro decidiu abdicar do trono que em pouco tempo seria dele. Juntou suas coisas mais importantes e saiu da casa de seus pais.”
Sam ainda olhava para minha mão, percebi que ele evitava olhar diretamente em meus olhos. A história pelo que percebi por suas feições não teria um final feliz, tentei entender aonde ele queria chegar me contando essa historia.
- Logo que os pais de Luna descobriram seu caso também, perguntaram para a filha, se era isso mesmo que ela queria, surpreendendo-a. Luna respondeu que Pietro era tudo que ela queria que ele era sua alma gêmea. Diferente da família dele, os pais dela deixaram sua filha tomar as próprias decisões. Luna largou tudo que tinha e fugiu com Pietro. Por anos eles conseguiram viver clandestinamente, em um lugar desconhecido. Luna realizou seu sonho e teve um filho, uma criança que misturava a grandiosa beleza do casal. Eles finalmente estavam felizes, tinham pouco, mas o que tinham era necessário para a felicidade. Três anos após Luna ter tido seu primeiro filho, veio a noticia que ela esperava outro bebê, só que desta vez era uma menina. Tudo estava ocorrendo bem, a felicidade reinava na família. O bebe, era muito esperado e mesmo antes de nascer, tinha todo amor que poderia ter.
“A menina nasceu, perfeita, mesmo ainda recém nascida, dava para perceber o quanto se assemelhava a sua mãe. Uma semana após seu nascimento, é anunciada a morte do pai de Pietro, e seu irmão assume o trono. Pietro ficou abalado com a morte de seu pai, mesmo depois das brigas que eles tiveram.”
Sam, enfim, levantou sua cabeça e me olhou nos olhos. Eles estavam cheios de lagrimas e pude notar o quanto era difícil ele me contar tudo isso.
- Dois meses depois do nascimento da menina, Pietro teve que se ausentar, e Luna ficou em casa cuidando das duas crianças. Eles não sabiam que o irmão de Pietro, havia descoberto onde eles estavam. Ele tinha ódio, tanto de Luna, quanto das crianças e decidiu que eles deveriam pagar por tudo. Junto com alguns soldados da guarda, ele invadiu a pequena casa, e levou Luna para o lado de fora. O filho mais velho do casal ficou com a menina em seus braços, enquanto ouvia os gritos de desespero de sua mãe, ela não gritava por socorro, ela só pedia que não fizessem nada de mal para os seus filhos. Os gritos se cessaram e o tio das crianças adentrou no cômodo onde as crianças estavam. Seu olho brilhava de ódio, mas algo aconteceu e ele nada de mal fez fisicamente as crianças. Ele levou a bebe para longe e não se ouviu mais falar dela, o menino voltou a morar com seus avôs maternos. O pai nunca mais foi visto, muitos dizem que seu irmão, deu o mesmo fim de Luna para ele.
“Luna foi enterrada em uma ilha, seu lugar favorito em todo mundo. Ela costumava ir lá quando era criança, do lado do seu tumulo, se encontra uma roseira, e do lado uma placa com os dizeres: ‘Aqui descansa minha estrela’”
Sam terminou a historia e uma lagrima brotou pelo canto de seu olho, tentei consolá-lo afagando seu rosto. Ele olhou para mim, esperando que fala-se algo. Não tinha entendido o motivo pelo qual ele me contara essa historia triste.
- Você não entende Anne? – ele me olhou esperando alguma reação.
Foi quando tudo se encaixou, o que ele acabou de me contar, era a minha história, nossa historia. Luna e Pietro eram meus pais e, Sam e eu as crianças da historia. Um aperto surgiu em meu peito. O que Sam estava querendo dizer? Que na verdade Luna e Pietro eram meus pais? Ele estava louco. Levantei rapidamente, e antes mesmo de acabar de fazer o movimento, ele já estava na minha frente bloqueando minha passagem.
- Você está louco, por favor, me deixa sair daqui. – pedi empurrando seu corpo em vão.
- Não Anne, não há nenhum engano aqui. Por favor, escute o que eu ainda tenho a falar.
Consegui sair de seus braços e andei em direção a porta, já girando a maçaneta, olhei para trás, para saber onde ele se encontrava. Ele ficou parado, no mesmo lugar onde eu conseguira desviar de seus braços, em seus olhos constavam lagrimas e seu rosto que a pouco era perfeito, estava contorcido em dor. Aquela imagem me deixou chocada, ele estava realmente muito abalado. Dei um passo em direção a ele, não podia deixá-lo ali, naquelas condições, mesmo sabendo que tudo que estava acontecendo, não passava de um mal entendido. Eu estava caminhando em sua direção, quando a dor insuportável na minha cabeça voltou. Minha mente estava queimando, mas dessa vez, via apenas flashbacks.
Via duas crianças em um chão encolhidas de medo, uma mulher que gritava por eles, um homem que corria sem parar e eu mesma, me vi pela perspectiva de outra pessoa. As imagens lentamente foram fugindo de minha mente, e pude ver o rosto preocupado de Sam ao meu lado. Ele me sacudia e gritava:
- Anne, por favor, fala comigo, olha pra mim.
- Estou bem – gemi de dor.
Senti meu corpo flutuar, e reparei que mais uma vez, Sam me carregara em seus braços. Ele me deitou no sofá perto da lareira, e afagou meu rosto. Abri meus olhos e ele sorriu. Ele era tão carinhoso comigo, me tratava como sua verdadeira irmã, ele teria que entender que tudo estava errado, eu não era sua verdadeira irmã. Mas as imagens que eu vi, foram tão estranhas, pareciam ser da historia que ele acabara de me contar.
- Anne, como consegue? – ele me olhava intrigado.
- Consigo o que? – a dor estava se amenizando, eu esfregava minha testa em movimentos sincronizados.
- Deixa pra lá Anne. Deixe por favor, eu terminar o que tenho a te dizer?
- Pode continuar Sam, mas ainda acho que isso não passou de um mal entendido. – disse me ajeitando no sofá, de uma forma onde pudesse olhar em seus olhos.
Ele sentou ao meu lado, e mais uma vez pegou minha mão.
- Quero que você entenda, que toda aquela perseguição, não terminou. Ainda corremos perigo.
Ele me olhou seriamente, e antes que eu pudesse me pronunciar, ele continuou.
- Anne, eu já imaginava que você não entenderia, acharia que tudo não se passava de um engano. Mas não é Anne. Você, você... É tão parecida com nossa mãe. - ele me olhou tão profundamente, e mais uma vez, lagrimas escorreram pelo canto de seu olho.
- Sam, eu sinto muito, é serio. – disse me levantando – é um engano tudo isso, desculpe.
Ele soltou minha mão com tristeza.
- Anne, se ele te fizer algum mal, nunca poderei me perdoar, você é tudo que eu tenho. Por favor, me entenda.
Eu não olhei em seus olhos, tive medo de mais uma vez, continuar ali pela pena que sentia dele. Mesmo sem meu casaco, girei a maçaneta e sai porta a fora. O vento frio mais uma vez veio em choque diretamente em mim, me enrolei o máximo possível na manta que Sam me dera, e corri em direção a minha casa.
Eu já estava sem fôlego quando cheguei a minha casa, lembrei então que havia deixado minha mochila, na casa de Sam. A sorte era que minha mãe, sempre deixava uma chave extra, embaixo do vaso da pequena escada na entrada.
Quando finalmente estava em casa, eu liguei imediatamente o aquecedor, eu tremia involuntariamente de tanto frio. Troquei de roupa e dei uma secada rápida no meu cabelo. Resolvi descer para ver o que tinha na geladeira, minha mãe deveria ter deixado pronta algumas refeições para o dia que ela se ausentaria.
Algo me fez recuar pela escada, minha sala não estava vazia, um grupo de homens encapuzados estavam me esperando. O pesadelo retornou a minha cabeça. Tentei me mover o mais rápido que pude, entrei em meu quarto e tranquei a porta assustada. Não demorou nem meio minuto, uma voz aveludada me ameaçou pelo outro lado.
- Anne, não tem como fugir, uma porta não é empecilho para mim, saia por bem, ou eu te arranco desse quarto por mal.
Eu não tinha o que fazer, fui até a janela para ver se um salto daquela altura não iria ter grandes conseqüências, percebi que não sairia dessa sem pelo menos um osso quebrado. Eu estava presa, e a única solução era fazer o que ele pedia. Me lembrei que Matt, havia me dado um telefone caso eu estivesse com problemas. É aquilo me pareceu grandes problemas. Revistei meu bolso a procura do papel que ele me dera, e encontrei. O homem do outro lado de minha porta batia em movimentos sincronizados, imitando o ‘ tic-tac’ dos relógios. Disquei o numero em meu celular, e reparei que minha mão estava tremula, o celular chamou duas vezes até que uma voz que reconheci imediatamente como a de Matt, atendeu o telefonema. Se eu não estivesse na situação que eu estava, estaria feliz por ouvir sua voz.
- Matt, socorro. – meu timbre de voz estava alto o suficiente para que do outro lado da porta, o homem escutasse.
- Anne? – respondeu Matt do outro lado.
Mas um estrondo fez com que eu deixa-se o celular cair. A minha porta havia sido arrombada, e não sei de que forma, sido jogada para perto de minha cama, do outro lado do quarto. Os homens encapuzados adentraram em meu quarto, e vieram em direção a mim. Eu estava sem saída, não tinha para onde correr, bolei rapidamente um plano de correr até meu banheiro, mas da mesma maneira que eles arrombaram a porta de meu quarto, poderiam fazer com a de meu banheiro. Eu não tive saída, tentei gritar socorro, mas antes que pudesse pronunciar, o homem que há tanto tempo tentei esquecer, tampou minha boca, e sussurrou em meus ouvidos.
- Não vai adiantar Anne.
O pânico me tomou por inteira, sabia que dessa vez eu não tinha escapatória. Ele me puxou até o andar de baixo, e me sentou no sofá. Os homens encapuzados nos acompanharam até a sala, e permaneceram em silencio. Mais uma vez, as palavras pareciam sumir de minha boca. Eu olhava assustada, esperando uma reação dele. Até que ele começou a falar.
- Pequena Anne, infelizmente você soube a verdade pela versão mais errada da historia. Você não entende o quanto foi difícil fazer tudo que fiz.
Minha mente trabalhava a mil por hora, e liguei um fato ao outro. O homem que estava na minha frente, seria então irmão de Pietro, ele também acreditava que eu era sua sobrinha. Tudo o que havia acontecido naquele verão, incluindo a morte brutal de minha avó, fora decorrente de um terrível engano. Minha voz saiu mais aguda e desesperada possível.
- Vocês têm que entender, eu não sou essa Anne que vocês pensam que sou me deixem em paz. Procurem a certa, me deixa ir embora, por favor.
- Não Anne, não temos como nos confundir. Sabemos que é você, o seu cheiro não nos engana. Ainda tenho muito que te contar. – ele afagou meu rosto e antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, um estrondo tirou a atenção de todos de mim. Todos se voltaram para a cozinha, ainda assustada eu olhei esperando que algum milagre tivesse acontecido.
E aconteceu, Matt estava parado a poucos metros de mim, junto com Sam, e mais dois homens e uma mulher. Os cinco estavam em posição de ataque, e seus dentes amostra. Um arrepio passou por minha espinha, naquele momento, eles não eram meus anjos, não havia nada de angelical neles. O olhar de Matt caiu sobre mim, e eu supliquei mentalmente que ele me tirasse daquele lugar.
O homem que eu tanto temia me puxou para um abraço esmagador, e virou meu rosto para os cinco. Sam imediatamente saiu da posição que estava e foi logo levantando as mãos. Os outros quatro o imitaram.
- Larga ela. Agora. – Sam gritou, olhando desesperado para mim.
- Nem pensar, Sam. Seus pais nunca te ensinaram a respeitar os mais velhos.
Sam olhou com ódio em direção a ele, e veio em nossa direção. Tudo aconteceu muito rápido, eu fui jogada em direção a mesa da sala, e bati minha nuca na mesma. Fiquei um pouco tonta. Meu cotovelo estava doendo e estava arranhado. Eu olhei para briga que se sucedia na minha sala de estar.
Sam e o homem que se dizia meu tio estavam mais perto de mim, e eles se moviam rápido demais para que meus olhos conseguissem acompanhar, o mesmo acontecia com os demais que estavam ali. O homem mais alto e loiro, que estava acompanhando Sam e Matt, estava lutando com dois encapuzados ao mesmo tempo e pelo que me parecia, ainda estava em vantagem. Fechei meus olhos esperando acordar de um pesadelo. Ao invés disso, um barulho de sirene me fez abrir os olhos. Provavelmente, algum vizinho havia achado estranha toda aquela movimentação e comunicou a policia.
As brigas se cessaram quase que imediatamente, e o homem que se dizia meu tio, veio em minha direção. Não sei como aconteceu, mas antes que eu pudesse piscar os olhos, Matt estava na minha frente, me protegendo. Um rosnado saiu de seu peito e o outro homem recuou, quando voltei a olhar para a sala, somente Sam e os outros que o acompanhavam estavam presentes. Matt se virou para mim e pude sentir sua respiração. Ele me beijou na testa e me olhou esperando alguma reação. Sorri em saber que ele estaria de volta, me senti mais uma vez protegida. Ele me pegou em seus braços e eu enterrei minha cabeça em seu pescoço. Senti que ele se movimentou por causa do vento que movia os meus cabelos, o barulho da sirene se tornou distante, mas eu não tinha coragem de olhar em volta, de ver o que estava acontecendo.
Depois de uns minutos, senti que Matt havia parado. Ele me soltou delicadamente, e pude olhar em volta. Estávamos parados em um lugar deserto, cercado por arvores. Uma casa se destacava por sua imensidão, vários carros estavam parados em volta da casa. Sam e os outros três, estavam perto de nós, eu tinha muitas perguntas a fazer para Matt, mas poderia esperar. Sam me olhava, esperando talvez, que eu me pronunciasse, ele havia me avisado do perigo e eu não tinha o ouvido. Mesmo achando que tudo o que estava acontecendo fosse uma grande loucura, algo dentro de mim começava a se manifestar, e se fosse verdade? Até que ponto, a impressão de que conhecia Sam estava ligado a toda essa historia?
- Vamos Anne, está frio aqui fora. – Matt pegara minha mão e andava em direção a casa.
Acompanhei Matt e os outros fizeram o mesmo. Reparei que a mulher que estava junto a nós, pegou na mão do homem loiro alto. Eles passaram a nossa frente e quando eles entraram pude ver o interior do casarão, ao contrario do exterior rústico, o interior era luxuoso e moderno, com varias TVs e eletrônicos. Meu queixo caiu ao ver a quantidade de gente que estava dentro da casa, dezenas de homens e mulheres se localizavam no hall. No momento em que passei na porta, todo barulho se cessou, o olhar de todos vieram em minha direção. Notei que todos tinham a mesma feição angelical de Matt e Sam, e todos tinham a mesma cor dos olhos. Achei estranha toda essa semelhança. Os quatro subiram as escadas e eu e Matt os acompanhamos. No andar de cima, havia um corredor enorme, com varias portas. Fiquei olhando tudo, cada detalhe, quando a mulher que nos acompanhava, falou.
- Matt, deixa que eu dê a ela outra roupa, ela deve estar com frio. – ela sorriu pra mim. Ela era de longe, a mulher mais linda que eu já havia visto. Seus longos cabelos castanhos desciam em cachos até a cintura. Seu rosto tinha feições angulosas e perfeitas.
Matt segurou mais forte minha mão. A dor em minha nuca aumentou e eu gemi de dor. Minhas pernas ficaram bambas e eu estava caindo quando Sam me segurou pela cintura. Ele me carregou até o final do corredor, ele abriu uma das varias portas e foi me carregando para dentro do cômodo. Os outros vieram logo atrás. O quarto era grande e luxuoso, Sam me deitou na cama e puxou meus cabelos para cima. Senti minha nuca arder.
- Chama o Michael, agora. – disse Sam a alguém que eu não pude ver.
Matt se sentou na minha frente, e segurou uma das minhas mãos.
- Anne você está bem? – disse ele preocupado.
Minha nuca ardia insuportavelmente, mas não queria preocupá-lo.
- Estou bem Matt, só arde um pouco.
- Ela está mentindo. – disse Sam.
Mesmo ainda tonta, dei um jeito e me sentei na cama, olhei seriamente para Sam.
- Você vai falar como faz isso? Ou vai continuar me fazendo de idiota? – disse brava, para Sam.
Ele sacudiu a cabeça. Em um movimento rápido, ele se levantou e andou em direção a porta. Ele olhou para mim, amargurado antes de se retirar.
- Não liga pra ele Anne, ele anda meio estressado ultimamente.
Encostei minha cabeça na cabeceira da cama, minha nuca ainda ardia, mas eu tinha tantas coisas a perguntar a Matt.
Antes mesmo que eu pudesse começar meu questionário a Matt, um homem entrou no quarto acompanhado de Sam e a outra mulher que estivera na minha casa. Ele era igualmente bonito como todos que reparei estarem naquela casa. Seus cabelos eram loiro mel e seus olhos eram do mesmo tom que Matt e Sam. Ele olhou para mim da mesma forma que Sam olhava.
- Anne. – um sorriso abriu em seu rosto ao pronunciar meu nome – soube que você se feriu não se preocupe já chamamos um medico que confiamos.
Sua voz me passava confiança e percebi que ele era uma pessoa importante. Sua voz era imponente e ao mesmo tempo amável. Me senti um pouco desconfortável , queria saber o que era aquele lugar. Um clube pra jovens ricos, ou algo do tipo? Minha mente voou eu pensar o que minha mãe, a quilômetros daqui, falaria quando visse toda aquela confusão em nossa casa.
Perdi minha linha de raciocínio ao ouvir Sam bufar altamente perto de mim. Ele olhava pra mim mais uma vez. O encarei sem desviar o olhar. Michael por sua vez, deu uma ordem que fez Sam desviar seus olhos de mim.
- Saiam todos, quero somente Sam e eu aqui. – imediatamente, como crianças respondendo as ordens de um adulto, todos saíram do quarto. Menos Matt, que contrariou suas ordens.
Michael olhou severamente para Matt, antes que ele pudesse reclamar, Matt começou a falar.
- Não saio de perto dela nem que me tirem a força. Já te disse isso, espero que dessa vez me entenda.
Sam e Michael olharam de cara feia para Matt, porém assentiram. Sam se aproximou da cama e sentou perto de mim. Michael fez o mesmo. Matt olhou para ele, esperando que começasse.

12 comentários:

  1. Antes de tudo Parabéns Ana...muitos anos de vida, muitos presentes (hehe) felicidades!

    Vc quer mesmo me matar né? A cada novo cap. vc responde minhas perguntas mais cria outras ai ai ai...assim eu ficou louca.

    BjssS

    Obs.: Professores da Ana por favor parem de passar tanta matéria, pq se ela demorar mais um pouco para postar o próximo cap vai me dar um enfarto...rsrs

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  2. Parabens Ana! Muitas Felicidades!!
    Otimo capitulo!
    Beijooo

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  3. uau!
    tipo assim, meu queixo caiu com esse capítulo!
    Parabéns Ana pelo seu aniversário!
    e juro que vou ficar louca se vc demorar tanto quanto demorou pra postar esse capítulo!
    Mas enfim, colégio é coisa séria!

    E, mais um motivo pra eu ficar curiosa, quem será o personagem com nome de Leitora???

    beeeijos! ;*
    http://historiamaisqueavida.blgspot.com

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  4. ops, http://historiamaisqueavida.blogspot.com

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  5. P A R A B É N S

    Felicidades

    Carambaaa muitooooo iradooooo esseeee capituloooo

    :P

    vo morrer de curiosidades esperando o capitulo 10
    : /

    tah muito massa a história
    sou sua fãn Ana ;DDDD

    by: Larissa Varella

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  6. vo morrer de curiosidades esperando o capitulo 10
    : / (+1
    ta ootimo ana *-*

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  7. ah, nem acredito que vai demorar. mas eu entendo :)) parabéns atrasado, beijo ;*

    dá uma olhada na minha história.
    http://agarotaatrasdaportaazul.blogspot.com/

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  8. ta MARA esa historia gentem *-*

    feliz aniversario atrasado ana :D felicidades ein :*

    l. alves

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  9. será que é o meeu? rs
    capitulo MARA *------------*

    PARABEEEENS :D

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  10. Tah mto MARA a historia...

    Loka pra ler o proximo cap.!!

    Parabéns *-*

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