quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Capitulo Dezoito - Vampiros?

A luz alaranjada vindo da janela me alertou que já era tarde. Levantei rapidamente, olhando em volta, tentando me lembrar como viera parar ali. Já não estava no quarto de Sam, as paredes verdes não me deixavam mentir. Uma onda de tristeza começou a me engolir, tentei me prender as lembranças boas tentando diminuir o nó que teimava em aumentar.

Meus pés me levaram inconscientemente para o banheiro. No espelho notei que ainda usava as roupas de ontem a noite. Minha blusa estava manchada de sangue, eu a tirei rápido, com uma agressividade desnecessária. De novo, reparei na diferença do meu rosto, reparando novamente no brilho que parecia deslocado. A irritação em meu pescoço parecia cada vez melhor, tornando se agora um leve avermelhado, quase imperceptível. Tomei um banho rápido, tentando pensar o menos possível em tudo que aconteceu.

- Você acordou! – a voz de Pablo cortou o silencio que se fazia no hall. Seu sorriso era de um certo modo contagiante, não pude deixar de retribuí-lo.

Notei que a não ser por Pablo e Michael a sala estava vazia. Varias caixas de papelão deixavam quase impossível se locomover ali.

- Onde está Sam? - minha voz ecoou pela casa vazia.

- Sam... - Pablo começou a falar, mas parou no meio da frase, olhando para Michael.

- Ele está numa excursão de caça. – falou Michael despreocupadamente, mas pude ver seu olhar em mim esperando que eu surtasse, ou algo do tipo.

- Ah! – tentei passar um ar de despreocupada que pareceu funcionar. Michael voltou a fazer anotações em uma prancheta. – E Matt? – disse, tímida.

-Foi também. – respondeu Pablo.

Senti meu estomago roncar. Não me lembrava a ultima vez em que havia consumido algum alimento. Levei minha mão automaticamente a barriga, o ato não passou despercebido por Michael.

- Oh, que falta a minha, você deve estar faminta Anne. – ele já estava ao meu lado num piscar de olhos, fazendo alguns papeis voarem em sua passagem.

Michael me levou até a cozinha, e ainda em silencio, colocou algo no forno. Ele me passava um tipo de segurança que era muito bom pro momento que eu estava passando. As várias possibilidades de futuro se resumiam em uma, permanecer com eles. Não demorou muito pra que ele me entrega-se um prato que pelo o que me pareceu era lasanha. A comida em meu estomago foi um alívio. Michael sentou na minha frente e me olhava pacientemente, eu sabia que ele queria falar algo comigo, eu simplesmente sentia.

- Sam me proibiu de falar isso com você. – Michael começou assim que dei a última garfada. Meu coração acelerou de forma desastrosa. – Temos pouco tempo antes que ele volte.

Eu esperei atenta, pra o que ele queria dizer, a curiosidade novamente latejando.

- Você se sente diferente? De alguma forma?

- Na verdade não. Foi somente naquele momento que eu senti algo diferente. – eu procurava lembrar como se respirar. – Foi horrível. Só de pensar, eu... Eu. – minha voz falhou e senti uma lagrima escorrer.

- Eu sei como você se sente. É terrível na primeira vez. Principalmente do modo que aconteceu com você. – ele parecia sincero – Sam te contou a diferença entre nós e eles?

Minha voz parecia travada na garganta, o máximo que pude fazer, foi balançar a cabeça afirmando.

- Mas provavelmente não contou a principal parte. Não é quem te mordeu, ou o sangue que corre em suas veias que faz de você, um de nós, ou um deles. São as suas escolhas.

- Então, vocês são todos de uma mesma raça, mas as suas escolhas que fazem a diferença entre vocês? – minha voz parecia mais firme.

- Isso mesmo. – ele parecia contente por eu ter entendido, como um professor que fica feliz por um ‘10’ de um aluno.

- Me responde uma pergunta?

- Claro, Anne.

- Como... Como seria pra eu virar uma de vocês? Completamente é claro. – acrescentei.

- Bom... – ele parecia procurar as palavras certas. – É através do contato com o sangue de nossa espécie. Primeiro, mordemos a pessoa, de uma forma que nosso sangue possa penetrar mais em seu corpo, depois de alguma forma fazemos nosso sangue pingar. É um processo doloroso, tanto na mordida, quanto quando o nosso sangue começa a modificar o corpo da pessoa. Você tem que estar muito certo do que quer. Uma vez que começa o processo, não se tem como voltar atrás.

Eu parecia ter saído daquela sala. Minha mente estava a mil naquele momento. Era isso que eu realmente queria? Sim. Eu queria viver com meu irmão, queria ter Matt para mim, mesmo que doesse, era um preço justo a se pagar.

- Anne? – a voz de Michael quebrara minha tagarelice mental. - Não fale nada dessa conversa a Sam, por favor.

Antes que eu pudesse responder, a porta da cozinha abriu. Era Sam. Seu rosto parecia mais suave, e seus olhos mais verdes do que nunca. Ele abriu um sorriso assim que me viu, o que serviu como um grande alívio para mim, não agüentaria vê-lo como estava de manhã.

- Achei que ia dormir direto. – ele me abraçou pelas costas.

- Dormi demais.

- Ah, antes que eu me esqueça Anne, Louise vai te dar algumas instruções para amanha, sabe, pra passar pelas fiscalizações.

No instante que ele falou, a vampira entrou na cozinha de mãos dadas a Pablo.

- Vamos partir amanha cedo. Alguns ficarão e cuidaram da casa por algum tempo até ter certeza que nada ficou para trás, e depois se juntarão a nós. – eu sabia que Sam estava não falando só para mim, mas comunicando a todos. Percebi que seu tom de voz mudara, e se tornou mais superior.

Ficamos um tempo conversando, bom na verdade eu fiquei calada observando a conversa de fora. Sam não desgrudou um segundo de mim, ele ainda me abraçava pela cintura. De vez em quando, sentia seus lábios no topo da minha cabeça. Eu começava a sentir frio, mas achei que seria uma grosseria falar, talvez o magoasse.

Minha mente ficou vagando pelas coisas que Michael me dissera, principalmente como ele descrevera a dor que se sentia durante a transformação. Quem faria aquele ato final? Sam? Matt? Ah Matt, me perguntei onde ele estaria naquele momento já que Sam já havia voltado.

- É melhor eu te levar pra cama Anne, amanha vamos acordar cedo. – Sam se afastou pela primeira vez de mim, e notei que as nossas mãos estavam entrelaçadas.

- Mas eu dormi a tarde toda. – tentei argumentar. Eu estava me sentindo bem ali, era como se estivesse... Em família.

- Preciso arrumar algumas coisas Anne, a não ser que queira ficar sozinha. – eu estava começando a pensar na opção, quando uma voz fez meu coração acelerar.

- Ela não precisa ficar sozinha. – seu rosto trazia um sorriso perfeito, ele parecia mais relaxado como Sam. Eu fiquei tão presa aos seus olhos, que demorei a notar que Matt estava sem camisa. Ok, aquilo não fez nada bem ao meu coração. Respire Anne.

Sam olhava hesitante para Matt, me perguntei se ele estava lendo sua mente pra ver suas intenções. Senti meu sangue fugir para o rosto.

- Quer ir com...

- Quero. – respondi antes de Sam terminar a frase.

Sam apertou minha mão com um pouco de força quando comecei a andar em direção a Matt. Eu reclamei, e ele pareceu mais relutante em me soltar. Ele me puxou mais em sua direção.

- Me solta. Agora. – minha voz começava a ficar histérica.

- Você, ARGH. – ele apontava para Matt com uma cara acusatória.

Eu não acreditei quando ouvi Matt rindo sonoramente perto da porta. Ninguém estava entendendo absolutamente nada além dos dois.

Sam me olhou com uma cara nada boa e correu em direção a porta, era perceptível que todos ali acharam que Sam iria bater em Matt, mas ao contrario, ele saiu porta afora.

- O que você mostrou pra ele? – algo me dizia que se tratava disso. Andei em direção a Matt e parei de braços cruzados o encarando.

- Qual é Anne, vai ficar brava...

- O que você mostrou pra ele? – o interrompi e fiz questão de destacar cada palavra.

-Pensei na gente se beijando ontem. – ele falou baixo, mas eu tinha certeza que os três vampiros parados confusos do outro lado da cozinha haviam escutado. Prova disso foi a gargalhada sonora de Pablo e os risinhos baixos de Michael. A única que permaneceu quieta foi Louise.

- Você sabe como ele é. – tentei demonstrar o máximo de raiva em minha voz, meu rosto formigando.

- Foi sem querer. Eu simplesmente pensei certo? Ninguém mandou ele ficar xeretando minha mente.

Eu ignorei sua justificativa e assim como Sam, sai da cozinha as pressas. Me perguntei onde ele estava, e fui logo respondida por um forte estrondo no andar de cima. Corri antes que pudesse fazer mais estragos com seu acesso de ciúmes.

- Posso entrar? – não precisei bater na porta, tinha toda certeza que ele sabia que eu estava ali.

- Droga. Entra.

Meus olhos logo foram procurando o que causou o grande estrondo, assim que encontrei o que causara desviei imediatamente o olhar. Metade de seu guarda roupa estava quebrado, com uma mesa, que claramente não estava ali antes, em pedaços.

- Você deve ter algum problema só pode. – não consegui frear as palavras antes que elas saíssem e meu tom debochado não ajudou muito.

- Eu vou matar ele. – Sam parecia realmente alterado.

- Não vai nada. Você primeiro vai se acalmar, depois vai ver o quanto bobo você está sendo. – eu andei em sua direção.

- Me promete que não vai chegar mais perto dele? – a voz de Sam parecia suplicante.

- Não vou te prometer nada, não adianta.

- Então eu vou matar ele. – ele parecia ainda mais infantil falando aquilo.

Fui andando debilmente em sua direção tentando segura-lo, mas pra quem conseguiu quebrar uma mesa e um armário eu era inútil. Mesmo sabendo que ele não me machucaria, meu corpo tremeu quando consegui segura-lo.

- Se você machucar ele, eu vou sofrer. Quer me ver sofrer Sam? – era obvio que eu conseguira tocar no seu ponto fraco. Eu. Seu corpo se relaxou, ele sentou na cama.

- Droga.

- Vai se comportar? – disse passando a mão por seu ombro.

- Ele é um babaca.

- Não é nada. – soltei meus braços dos ombros dele, cruzando-os e olhando emburrada pra ele. Seu sorriso me fez crer que tudo já estava bem. – Te incomoda tanto, que eu... – senti o sangue subir novamente para o meu rosto. – Tenha beijado ele?

- Não. Me incomoda que seja ele.

O silencio novamente preenchendo o quarto. Voltei a minha discussão mental sobre o que aconteceria comigo mais a frente, demorando um pouco mais na questão da dor.

- Só faltava essa. – Sam levantou em um pulo, eu podia ouvir um rosnado saindo de seu peito. Ele olhava para a porta com uma expressão que fez meus músculos gelarem.

- Deixa eu entrar. – reconheci a voz que vinha de trás da porta, meu coração se apertou.

- Vai embora Matt. – minha voz saiu histérica.

- Não. – assim que ele falou, abriu a porta. Eu não sabia para quem olhar, ele ou Sam. – Eu quero conversar com ele.

Os rosnados se tornaram mais altos e eu tinha medo do que Sam podia fazer.

- Não, ele vai te matar. Sai, agora.

- Ele vai ter que me ouvir. – Matt parecia ignorar as reações de Sam, mas eu era inteligente o bastante pra saber o quanto aquilo seria perigoso. – Por favor.

Aquelas últimas palavras pareciam deslocadas na situação. Sam pareceu relaxar um pouco.

- Você sabe o quanto é perigoso. – a voz de Sam parecia surpreendentemente calma.

- Prometo que faço de tudo pra me controlar. – Matt parecia suplicante.

Eu sabia que estava perdendo alguma coisa, esperei que algum deles me explicasse, mas continuaram a falar coisas sem sentido.

- É arriscado. Você sabe o que pode acontecer.

- Por favor. Por favor, Sam, nunca te pedi nada. Só preciso disso, você sabe o quanto... – seus olhos foram para mim – Eu a amo.

Respira Anne, respira. A conversa passou a ficar mais clara a partir dali.

- Por favor. – disse, fazendo uma grande força de desviar os olhos de Matt, para Sam.

Ele me olhou indeciso, por alguns segundo pude jurar que ele iria dizer não, mas seu rosto de repente pareceu derrotado. Eu podia sentir minha boca se curvando em um sorriso. Matt pareceu entender também e veio em minha direção. Suas mãos me apertando para mais perto dele.

- Ah, Não! Na minha frente não. – Sam foi em direção a porta, seu dedo apontando para Matt. – Olha garoto, só fiz isso pela Anne, que fique bem claro. E, um arranhão, uma mancha roxa que for... Você ta morto.

Tentei disfarçar uma risada tossindo. Sam já estava se virando quando Matt o chamou.

- Sam?

Ele não respondeu.

- Só queria dizer obrigado, é serio. – Matt parecia sincero, ele me apertou mais junto dele.

- Vai pra merda. – disse Sam, saindo.

Dessa vez não consegui disfarçar meu riso, Matt ria também. Coloquei minha mão junto à dele.

- Agora, você pra cama. – sua voz tinha um tom de deboche. Me soltei de seu abraço apertado e o encarei de frente, cruzando os braços.

- Ta de brincadeira não é?

- Não mesmo. Amanha você vai acordar cedo demais, Sam pretende partir assim que a senhorita acordar. Vamos, te levo até o quarto.

Ele só podia estar brincando. AH, garotos já eram difíceis de entender, agora garotos vampiros eram demais pra mim. Senti seus lábios em minha testa me fazendo estremecer.

- Vamos Anne. Temos todo o tempo do mundo quando chegarmos lá, mas agora você precisa descansar. – Era possível que eu conseguisse negar algo a ele? Droga.

- Se eu falar que eu não estou cansada, você muda de opinião? – tentei argumentar.

- Não. Vamos, já te disse, temos todo o tempo do mundo. – ele sorriu maliciosamente, considerei aquilo um ponto final pra nossa discussão. E claro, o fim dos dias em que meu coração batia normalmente.

Eu me revirava na cama diversas vezes procurando arrumar um jeito que eu adormecesse. Não sabia o que ao certo causara essa insônia repentina, ansiedade, medo de cair novamente em meus pesadelos, ou as perguntas que ainda perturbavam minha mente. Tentei até contar carneirinhos, mas nos trezentos e noventa e três, eu notara que aquilo não estava surtindo efeito algum, pelo contrario, aquilo me deixava mais angustiada. Os primeiros passarinhos começaram a cantar na floresta e eu sabia que logo o dia estaria começando.

Desisti de tentar adormecer e fui até a janela, puxando uma cadeira para me sentar. Eu olhava para escuridão esperando achar respostas. Na minha cabeça se passava vários flashbacks de um passado que me parecia cada vez mais distante. Lembrei do meu aniversario de cinco anos, em que ganhei uns patins de uma tia que nunca vira na vida. Minha mãe surtou de vez, dizendo que aquilo não era coisa pra menina de cinco anos e o escondeu. Fui achá-lo alguns anos mais tarde, no porão, dentro de uma caixa velha. Achei que seria fácil tentar andar e acabei rolando pela rua. A imagem da minha mãe gritando comigo, me chamando de louca e malcriada, fez meu coração doer. Por que tinha que ser assim? Não pude nem me despedir dos dois.

Passei a procurar as novas lembranças, do meu passado recente. A primeira vez que vira dos dois. O dia em que Sam me levou na praia, quando ele disse que me amava, e o quanto ele pareceu feliz quando eu disse o mesmo. Eu o amava mesmo. Mesmo não passando boa parte de minha vida junto a ele, eu me sentia como se tivesse crescido ao seu lado. Minha mente voou para o dia em que fui até a casa de Sam, a história que ele me contou. A história da minha verdadeira família. Meus pais que morreram para me proteger.

Os primeiros vestígios do Sol começaram a aparecer no horizonte, tentei não pensar em nada. Só reparei que o tempo havia se passado, por que agora todo o céu tomara um tom de dourado diferente, e apesar de algumas nuvens o céu estava limpo. Eram raros dias assim, tão bonitos, em Foester.

Decidi que já era hora de levantar, tive a impressão de ouvir alguns barulhos no andar debaixo. O que eu não esperava era Matt apoiado na cômoda perto da porta, ele sorria para mim.

- Há quanto tempo está ai?

- Ouvi você arrastando a cadeira, e decidi ver se você estava bem. Você tava tão concentrada que não tive coragem de te interromper. – seu sorriso aumentando, ele veio em minha direção. – E então, como está se sentindo?

- Ansiosa e com um pouco de medo, admito.

- Vai ficar tudo bem, garanto que você vai gostar de lá.

- O que demais lá? Quer dizer, por que lá?

Ele sorriu pra mim e beijou minha bochecha.

- Você vai ver. Vamos, vamos aproveitar suas ultimas horas aqui.

Ele entrelaçou nossos dedos e me levou até o andar debaixo. A casa estava tranqüila e silenciosa, a sala parecia mais organizada do que ontem à noite. As caixas agora empilhadas no canto norte.

Matt me levou até a clareira atrás da casa. As flores violetas tomavam todo o espaço. Ele se sentou numa sombra que a grande casa fazia no local, eu deitei ao seu lado, apoiando minha cabeça em suas pernas, ignorando o orvalho ainda presente nos gramados umedecendo minhas roupas. Fechei os olhos sentindo o sol em meu rosto. A sensação era boa.

- Matt ?

- Sim Anne.

- O que nós somos? – a pergunta saiu da minha boca antes que eu arrumasse freios para ela.

Ele permaneceu em silencio por alguns segundos, o que pareciam horas. Meu coração batendo a mil.

- Vampiros? – eu sabia que ele estava se fazendo de desentendido.

- Não se faça de bobo.

- Bom, acho que namorados não? – ele me beijou na testa e correu para o meio das flores.

Respira, inspira. Respira, inspira. É fácil Anne, vamos lá. Respira. Lembrar de como usar minhas pernas pareceu mais fácil. Comecei a correr inutilmente atrás dele pela clareira. Era obvio que se ele quisesse estar no Canadá nesse minuto ele já estaria. Ele fingiu se confundir e deixou que eu agarrasse sua blusa. Nós caímos juntos em meio às flores, seu rosto a centímetros do meu.

- E então, o que você acha da minha idéia? – ele sorria todo bobo para mim, seus braços flexionados evitando jogar o peso contra mim.

- Que idéia?

- Não se faça de boba. – disse ele, fazendo uma imitação da minha voz.

- Acho perfeita. – eu sabia que naquele momento eu deveria estar da cor de um tomate. Os olhos dele brilharam.

Eu mal havia lembrado como se respira, e seus lábios já estavam presos no meu. Eu podia sentir seu hálito doce. Se alguém pudesse parar o tempo, eu queria que fosse naquele momento. Eu não sabia ao certo o que eu estava sentindo, até por que acho que nenhuma palavra ainda inventada poderia fazer jus a esse sentimento.

- Droga. – eu pude ouvir Matt falando por baixo de sua respiração ofegante.

Eu já estava começando a pensar o que havia feito de errado, quando uma voz fez com que eu me assustasse.

- Vocês deram muita sorte de Sam ter me mandado vir te procurar. Quero nem pensar no que ele faria se encontrasse vocês dois, desse jeito. – Pablo parecia divertido com toda situação. Se eu pudesse me esconder dentro de um buraco, teria feito isso nesse exato momento. Pablo soltou uma gargalhada sonora.

- Vamos! Vocês dois. Chega de amasso.

Matt me ajudou a levantar. Notei que minhas roupas estavam todas sujas de terra. Tentei livrar-me de o máximo de sujeira com as mãos para ter que evitar uma futura explicação para Sam. Pablo já tinha entrado na casa.

Matt passou as mãos pela minha cintura e eu fiz o mesmo com ele. O sorriso em seu rosto mais radiante do que nunca. Era quase impossível acreditar que ele era meu... Namorado.

5 comentários:

  1. aaaaaaaaaaaah AMEI!
    muuuuito MARA! esse matt é realmente PERFEITO *--*
    parabéns ana, historia perfeita :D

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  2. Linda história...

    Matt é lindo (quero um Matt pra mim)

    Mais mais e mais

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  3. Matt perfeito, te quero gato, IHASIDOHSAODIUHDIU
    mto boom ana *-* paarabens :D

    mais mais e mais[+1

    beijos :*

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  4. ...magica
    historia
    del
    relato
    hora
    de
    sueños
    al
    encender
    ana
    tus
    palabras
    con
    el
    corazon
    brotando
    suspiros
    y
    aromas
    de
    jazmin
    vivos
    en
    la
    noche clara
    de
    lnspiracion...


    desde mis---horas rotas-----

    te sigo ana , comparto tu bello blog

    con un fuerte abrazo.


    afectuosamente :
    ana

    jose
    ramon...

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