quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Capitulo Seis - Discussões

Andar ao lado de meu anjo era como se uma brisa refrescante, te tomasse em meio ao deserto. O mundo não era o mesmo mundo, quando eu estava ao lado dele. Não, não estou exagerando. Mas uma coisa era intrigante, por que esse instinto de proteção dele comigo. Todas as vezes que eu ameaçava surtar, que eu me sentia angustiada, ele parecia querer me proteger. E funcionava somente de eu saber que ele estava ali, tentando me fazer sentir melhor, meu coração conseguia se recuperar, ele era a minha cura.
Os últimos dias, não foram nada normais, o silencio que estava me sufocando a tempos, sumiu, dando a luz ao alivio. Eu me sentia mais livre em saber que podia compartilhar aquele segredo tão obscuro de minha vida, com alguém, que não repetisse que tudo o que eu vira fora recorrente do estado de choque em que entrei.
O que realmente me preocupava, era a agonia que me tomava toda vez que via o tal amigo de Matt. Sam era um ponto de interrogação, que eu queria desvendar. Eu tinha absoluta certeza, que já tinha visto ele antes, sabia que ele era presente em alguma parte de meu passado. Mas não sabia em que tal parte ele se escondia. Eu estava confusa, surpresa e fascinada.
- Esta pensando em que? – sua voz suave rompera minha linha de pensamento.
- Sinceramente? – perguntei.
- Claro.
- Quem são vocês. Você e Sam me deixam um tanto, não sei que palavra usar, mas é um misto de fascinação e confusão.
- Tudo tem seu tempo, prometo que um dia te explico tudo. – seu rosto mostrava sinceridade.
- Então tem algo a ser explicado?
- Não vou mentir para você. Existe muita coisa a ser explicada.
Então havia algo a ser explicado, eu não estava tendo uma crise de paranóia. Algum segredo cercava Matt e Sam, e pelo que percebi, eu estava envolvida nele. Estremeci com a idéia.
-Posso fazer só mais uma pergunta? – a resposta dele, talvez, ajudasse a acalmar meu animo.
- Sempre que quiser. Diga.
- Seu amigo Sam, ele tem algo ligado a mim certo?
- Sim, ele tem mais coisa a se ligar a você do que eu, Anne. Muita coisa.
Eu já sabia a resposta. Olhei em volta tentando realinhar meus pensamentos. A chuva que anunciara cair a alguns dias, resolveu aparecer. Caia sem piedade, e formava uma cachoeira perto das calhas. Dois alunos corriam tentando atravessar de um prédio para outro. Eu queria saber qual era a tal ligação. Mais cedo, quando perguntei a Sam, se algo me ligava a ele, ele negou. Estava confusa.
- Mas então – ele voltou a olhar em meus olhos – por que de manhã ele negou? Por que ele não vem me falar o que aconteceu?
- Anne, talvez seja difícil você entender agora nesse momento. Passado para o Sam é sinônimo de tristeza, ele ainda sofre. Quando você souber de tudo, entenderá com certeza.
- E quando é que eu vou saber de tudo isso? – minha curiosidade, aumentava a cada palavra dita por meu anjo.
- Em breve Anne, não existe data. Só quando chegar o momento certo, não te esconderei nada, pode ter certeza.
- Se eu surtar, você me conta tudo? – tentei ser irônica.
- Paciência Anne. – inesperadamente ele afagou meu rosto. Seu toque me deixava arrepiada.
O som ensurdecedor do sinal desfez o nosso momento. Ele levantou em um pulo, e como os antigos cavalheiros faziam, se curvou na minha frente, mostrando o braço para que eu o acompanhasse. Olhei para seu rosto, que trazia um sorriso brincalhão.
- A dama me daria à honra de acompanhá-la até o refeitório? – o sorriso permanecia no canto de sua boca.
Levantei, brincando ajeitar um vestido imaginário.
- Com todo prazer. – passei meu braço pelo dele.
O refeitório já estava lotado. Não havia nenhuma mesa vazia.
- Pegue o que você quer comer, eu vou tentar achar uma mesa para nós. – disse Matt, desgrudando delicadamente nossos braços. Ele se virou, e sem que eu esperasse, beijou minha testa. Seus lábios frios me fizeram tremer. Sorri em resposta. E ele foi caminhando em direção as mesas do refeitório.
Peguei uma maça e um refrigerante, e fui logo procurar onde ele estava sentado. Não me surpreendi de ver Sam ao lado de Matt, sentados numa mesa próxima a janela. Lembrei de Marina, e fiz um lembrete silencioso para passar pela secretaria, para tentar arranjar um telefone que eu pudesse me comunicar com ela.
Senti o olhar dos dois em mim logo que me aproximei da mesa. Os olhos dos dois eram de um verde claro perfeito, mas eram olhares distintos. O de Matt era de fascinação, já o de Sam era triste, mas tinha algo em comum entre os dois além da cor, o instinto de proteção. Os dois eram olhares protetores.
Sentei-me em silencio ao lado de Matt, Sam inclinou a cabeça para baixo, parecia tentar evitar o meu olhar. Comi minha maça em silencio. Matt olhava devotamente para mim. Até que Sam quebrou o silencio levantando a cabeça.
- Na quadra hoje, a culpa não foi sua às vezes fica difícil de controlar. E Marina está bem. – ele falou as palavras tão rápido, que demorei uns segundos para entendê-las.
Não fora só eu que ficou surpresa com as palavras ditas por Sam, Matt ao meu lado estava boquiaberto. Sam nos encarava esperando que um de nós se pronunciasse.
- Como assim, fica difícil de controlar? – disse ainda confusa demais.
Ficou visível que Matt chutou Sam por baixo da mesa, mas mesmo assim Sam continuou a falar.
- Não tente entender, como Matt disse tudo tem seu tempo. Uma hora tudo será dito. Só não quero você preocupada, Marina está bem. Provavelmente terá que engessar a mão, mas nada de muito grave.
- Chega. – Matt levantou batendo na mesa- Michael vai ficar bem feliz quando eu contar isso pra ele.
- Concordo, vai ser felicidade tremenda quando eu contar de algumas coisinhas que você andou falando também. - disse Sam levantando
- Sai da minha cabeça, sabe que eu odeio isso!
- Bem fácil fazer escondido, assuma o que fez.
- Não vou assumir nada, por que não fiz nada demais. – disse Matt me puxando para ir embora. Levantei e me agarrei em seus braços.
- Sabe que eu posso te tirar daqui a hora que quiser não sabe? – ameaçou Sam enquanto estávamos saindo de perto da mesa.
Um grupo de pessoas que reparou na briga que se formou na mesa, estava olhando alternadamente de Matt para Sam. Matt ao ouvir a provocação de Sam, se virou. Eles se olharam intensamente por um tempo. Até que Matt numa voz raivosa falou.
- Veremos Sam. Veremos. – ele se virou e continuamos andando até o corredor.

7 comentários:

  1. ah eu estou muuito curiosa quais segredos sao esses??

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  2. O.O
    que ela eh vampira, vc já contou...
    vamos ver se tenho previsões certas:
    Sam e Matt tbm são vampiros. (?)
    Sam ouve pensamentos. (fato)
    Michael é tipo um 'líder' deles. (?)

    ahhhh....
    tô muito curiosa! *-----*

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  3. Vão morrer de curiosidade! IASUSIUSA.
    mas eu tô vendo se ainda posto o sete hoje, tá quase prontinho aqui. (:
    não prometo nada, mas vou tentar de tudo. fiquem ligados na comu de SDUN, se eu conseguir postar hoje. coloko um recado lá.

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  4. DEuuuuus
    veremos Sam Vereeemos !

    ohohohho
    curiosidade a miiiiil :x

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  5. meu deus....
    como assim os dois anjos estavam brigando....

    estou começando a achar q o bonzinho é o sam e naum o matt....rsrs

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